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A designer de chips chinesa Xiamen Sophgo — uma empresa com vínculos com a Bitmain — negou qualquer relacionamento comercial com a Huawei, após a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) interromper as negociações com a empresa em meio a uma investigação dos Estados Unidos sobre potenciais violações de sanções.
De acordo com um relatório da Reuters de 27 de outubro, citando duas pessoas familiarizadas com a questão, a Sophgo havia encomendado chips da TSMC que correspondiam aos encontrados no Ascend 910B da Huawei.
O Departamento de Comércio dos EUA lançou uma investigação para determinar se a TSMC forneceu chips à Huawei intencionalmente, a qual está sujeita a sanções dos EUA desde 2020 devido a preocupações de segurança nacional, segundo um relatório da The Information de 17 de outubro.
Ainda assim, a Sophgo negou ter qualquer relacionamento comercial com a Huawei em uma declaração em seu site.
A Sophgo afirmou que a investigação dos EUA sobre a TSMC e a Huawei não estava relacionada à Sophgo e seus produtos, e que nunca se envolveu direta ou indiretamente com a Huawei. “A Sophgo tem conduzido negócios em estrita conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis”, afirmou.
O Departamento de Comércio dos EUA e a TSMC teriam descoberto que “os chips feitos pela TSMC para a Xiamen Sophgo tinham designs semelhantes aos dos chips de inteligência artificial da Huawei”, de acordo com a The Information — também citando duas pessoas familiarizadas com a questão.
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A Sophgo foi fundada em 2019 por Micree Zhan, cofundador da Bitmain. A Bitmain e a Sophgo compartilham, segundo informações, vários registros de domínio e diretórios de e-mail.
A Bitmain começou a investigar o desenvolvimento de chips de IA em 2018 sob a direção de Zhan, tentando diversificar suas ofertas de chips para além do setor de criptomoedas.
Essa mudança de estratégia gerou tensão entre Zhan e o cofundador Jihan Wu, que argumentou que a empresa deveria manter o foco apenas na produção de equipamentos para mineração de Bitcoin.
Essa divergência — junto com outras questões — levou Zhan a ser removido da empresa em outubro de 2019. A súbita saída de Zhan ocorreu enquanto ele apresentava o “terceira geração” de chips de IA da Bitmain — o Sophgo BM1684 — em uma conferência de tecnologia na China.
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Quais são os impactos das sanções dos EUA nas operações da TSMC com empresas chinesas?
As sanções dos EUA sobre empresas chinesas, particularmente aquelas relacionadas à indústria de semicondutores, têm vários impactos significativos nas operações da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) com empresas chinesas. Neste artigo, exploraremos como essas sanções afetam a TSMC, a Sophgo, a Huawei, a Bitmain e o mercado de chips em geral, além de discutir o papel da inteligência artificial nesse contexto.
Investigação e Interrupção de Negociações
A TSMC interrompeu negociações com a Xiamen Sophgo, uma empresa chinesa com vínculos com a Bitmain, devido a uma investigação dos EUA sobre potenciais violações de sanções. A investigação visa determinar se a TSMC forneceu chips à Huawei, que está sujeita a sanções dos EUA desde 2020. Essa situação não apenas afeta as operações da TSMC, mas também gera incertezas no mercado de semicondutores.
Restrições de Exportação
As sanções dos EUA proibem a exportação de tecnologias avançadas de semicondutores para a China, o que afeta diretamente a capacidade da TSMC de fornecer chips para empresas chinesas. Por exemplo, a TSMC foi impedida de fornecer chips que correspondiam aos designs da Huawei, devido às sanções impostas pelos EUA. Isso não só limita o crescimento da TSMC, mas também impacta a inovação tecnológica na China.
Mudanças Estratégicas
A TSMC está expandindo suas operações nos EUA para mitigar os riscos associados às sanções e à tensão geopolítica. Isso inclui investimentos significativos na abertura de novas fábricas no Arizona, o que pode reduzir a dependência da TSMC do mercado chinês e minimizar o impacto das sanções. Essa estratégia pode ser vista como uma resposta direta à crescente demanda por chips e à necessidade de segurança em relação à cadeia de suprimentos.
Conformidade Regulatória
A TSMC precisa operar em estrita conformidade com as leis e regulamentos dos EUA, o que pode limitar suas interações comerciais com empresas chinesas sujeitas a sanções. A empresa deve garantir que não esteja violando as sanções dos EUA, o que pode levar a uma redução nas transações com empresas chinesas. Isso levanta questões sobre a viabilidade de parcerias futuras e o potencial de crescimento no setor de inteligência artificial.
Impacto Geopolítico
As sanções e as tensões geopolíticas estão criando um ambiente de “Guerra Fria 2.0” na indústria de semicondutores, onde os EUA e seus aliados, incluindo a TSMC, estão se distanciando da China. Isso pode levar a um “sistema de dois chips”, onde os EUA e seus aliados usam chips fabricados pela TSMC, enquanto a China depende de fábricas chinesas como a SMIC. Essa divisão pode ter consequências de longo prazo para a indústria global de tecnologia.
Conclusão
As sanções dos EUA têm um impacto profundo nas operações da TSMC com empresas chinesas, como a Sophgo e a Huawei. A interrupção de negociações, as restrições de exportação e a necessidade de conformidade regulatória estão moldando o futuro da indústria de semicondutores. Além disso, as mudanças estratégicas da TSMC e o ambiente geopolítico em evolução sugerem que a competição entre os EUA e a China deve continuar a intensificar-se. A busca por inovação em inteligência artificial e a fabricação de chips será crucial para determinar o sucesso de empresas como a TSMC e suas contrapartes chinesas.
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