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HKMA e BCB: Avanços em Tokenização e CBDC

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A Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA) anunciou uma nova parceria com o Banco Central do Brasil (BCB) para avançar iniciativas de tokenização transfronteiriças, juntando as respectivas infraestruturas de moeda digital para realizar transações experimentais sob o Projeto Ensemble e o programa piloto Drex do Brasil.

A HKMA e o BCB estão explorando modelos de liquidação transfronteiriça, com foco em sistemas de pagamento versus pagamento (PvP) e entrega versus pagamento (DvP) aplicáveis a financiamento comercial e créditos de carbono. A parceria utiliza o Ensemble Sandbox da HKMA e a plataforma Drex do BCB para testar esses cenários de liquidação em uma gama de casos de uso financeiro.

Projeto Ensemble e Drex

A HKMA lançou o Projeto Ensemble em 2023 para avaliar ativos tokenizados e seu potencial para melhorar diversos serviços financeiros. Esta iniciativa Sandbox, apresentada em agosto, baseia-se no interesse de longa data da HKMA em tecnologia de contabilidade distribuída (DLT) como uma maneira de otimizar pagamentos e liquidações.

O Ensemble Sandbox foca em quatro áreas principais: renda fixa e fundos de investimento, gestão de liquidez, finanças verdes e financiamento de comércio e cadeia de suprimentos, cada uma visando reduzir custos e atrasos tradicionalmente associados a pagamentos transfronteiriços.

Nomeada Drex, a CBDC brasileira visa integrar-se de forma harmoniosa com provedores de serviços financeiros para oferecer soluções de liquidação em tempo real. Atualmente envolvendo mais de 70 empresas, a Drex passou por múltiplas fases, cobrindo 13 temas principais, desde pagamentos em e-commerce até transações imobiliárias, todos direcionados para avançar o ecossistema financeiro do Brasil por meio da tokenização.

O programa piloto Drex do BCB, anunciado no início deste ano, representa as ambições do Brasil para uma moeda digital. Ele cria a infraestrutura para um mercado financeiro tokenizado respaldado por uma moeda digital de banco central (CBDC).

Legado de cooperação

A parceria entre a HKMA e o BCB baseia-se em um acordo de 2018 para fomentar a inovação nos serviços financeiros entre suas jurisdições. Ambas as instituições têm trabalhado constantemente para moldar o cenário regulatório internacional para moedas digitais e ativos tokenizados.

A participação ativa da HKMA no Projeto mBridge do Banco de Compensações Internacionais (BIS) também destaca seu compromisso com projetos de CBDC transfronteiriços. O Projeto mBridge, que envolve bancos centrais de várias regiões, incluindo o Banco Popular da China, realizou testes para pagamentos transfronteiriços utilizando uma plataforma DLT compartilhada, trazendo resultados promissores na redução da fricção frequentemente vista em liquidações de câmbio.

A colaboração entre HKMA e BCB reflete uma mudança global em direção à tokenização de ativos, com grandes economias explorando soluções semelhantes para melhorar a transparência do mercado, conformidade regulatória e eficiência.

Vários bancos centrais veem a tokenização como uma forma de representar de maneira segura os direitos de propriedade em ativos reais—variando de créditos de carbono a imóveis—enquanto reduzem intermediários em transações transfronteiriças.

O Sandbox da HKMA e a Drex do BCB fornecem ambientes estruturados para avaliar essas possibilidades e resolver desafios comuns, como alinhamento regulatório e compatibilidade técnica, que são essenciais para a adoção global.

Quais os passos para integrar a Drex com sistemas de pagamento tradicionais?

A integração da Drex com sistemas de pagamento tradicionais é um processo que envolve várias etapas cruciais e considerações importantes. Neste artigo, exploramos os principais passos para esta integração, destacando a importância das parcerias com instituições financeiras, o uso de tecnologias avançadas como a blockchain, e a criação de um ambiente regulatório favorável.

Infraestrutura e Regulação

A integração da Drex com sistemas de pagamento tradicionais requer a criação de uma infraestrutura abrangente e regulada. O Banco Central do Brasil (BCB) está estabelecendo um ecossistema que inclui plataformas de tecnologia, sistemas de pagamento, carteiras digitais de tokenização e estruturas regulatórias para facilitar as transações da Drex entre o público, instituições financeiras e o banco central.

Integração com Sistemas Existentes

A Drex deve ser desenvolvida para integração perfeita no sistema financeiro do Brasil, facilitando transações eficientes e seguras em todos os setores da economia. Isso inclui compatibilidade com serviços financeiros existentes e marcos de conformidade. A parceria com instituições já estabelecidas no mercado financeiro será fundamental para o sucesso dessa integração.

Uso de Tecnologia Blockchain

A Drex utilizará a tecnologia blockchain, o que confere mais transparência e segurança para todas as operações realizadas com essa moeda digital. Essa tecnologia também possibilita a utilização de contratos inteligentes, agilizando processos como compras e transferências, aumentando a confiança entre as partes envolvidas.

Carteiras Digitais e Instituições Financeiras

A moeda digital brasileira será armazenada em carteiras digitais oferecidas por bancos e outras instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central. Essas instituições serão responsáveis por intermediar o uso da Drex, garantindo que ela esteja disponível tanto para serviços financeiros quanto para transações de rotina. Essa abordagem assegurará que a Drex seja acessível a uma ampla gama de usuários.

Serviços Financeiros Diversificados

A Drex permitirá uma gama de serviços financeiros, incluindo transferências imediatas, pagamentos de produtos e serviços em tempo real, realização de investimentos com o próprio Drex, e a automatização de processos financeiros mais complexos por meio de smart contracts. Esses serviços devem ser integrados de forma harmoniosa com os sistemas de pagamento tradicionais, proporcionando uma experiência mais fluida para os usuários.

Inclusão Financeira e Acessibilidade

A integração da Drex visa promover a inclusão financeira, tornando os serviços bancários e financeiros mais acessíveis a todos os segmentos da população. Isso inclui a facilitação de transações para pessoas e empresas que podem não ter acesso a sistemas bancários tradicionais. O uso de tecnologias de tokenização pode ser um dos caminhos para alcançar essa meta.

Integração com o Pix

A Drex e o Pix, outro sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, podem complementar-se significativamente. A integração entre ambos pode transformar a maneira como os brasileiros interagem com o sistema financeiro, oferecendo mais opções, segurança e conveniência. A sandbox regulatória também pode ser um espaço para novos desenvolvimentos e inovações a partir dessa união.

Conclusão

Integrar a Drex com sistemas de pagamento tradicionais envolve uma série de desafios e oportunidades. As parcerias com instituições financeiras, a utilização de tecnologias como blockchain e tokenização, além da criação de um ambiente regulatório adequado, são fundamentais para o sucesso dessa integração. Com o suporte do BCB e a sinergia com outros sistemas como o Pix, a Drex tem o potencial de transformar o panorama financeiro brasileiro, promovendo inclusão e acessibilidade.

Fontes

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