Otimismo em Relação à Aprovação de Projetos de Lei de Criptoativos nos EUA

O presidente do subcomitê de ativos digitais da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, **French Hill**, demonstrou otimismo em relação ao avanço de dois projetos de lei cruciais para a indústria de criptoativos no Congresso até o final do ano. Em uma participação virtual na DC Fintech Week em 22 de outubro, Hill destacou a importância da chamada sessão “pato manco”, que ocorre entre as eleições e a posse do novo Congresso.

Projetos de Lei em Destaque

Os dois projetos de lei de grande interesse são o FIT21, que estabelece um quadro regulatório, e o projeto de lei de stablecoins. O projeto FIT21 já foi aprovado pela Câmara em maio, mas enfrenta obstáculos no comitê bancário do Senado. Da mesma forma, o projeto de lei sobre stablecoins, originado na Câmara sob a liderança de Patrick McHenry, ainda não avançou.

“Estou otimista que o FIT21 e o projeto de lei de stablecoin serão considerados na sessão ‘pato manco’”, afirmou Hill.

A importância desses projetos reside no fato de que um deles confere maior controle regulatório à Commodity Futures Trading Commission, vista como mais favorável à criptoeconomia do que a Securities and Exchange Commission.

Impacto das Eleições

Hill mencionou que o sucesso dos projetos também depende das direções políticas após as eleições em 5 de novembro. Este ano, as urnas decidirão a presidência, a vice-presidência, e todas as 435 cadeiras da Câmara, além de 34 das 100 cadeiras do Senado.

As pesquisas nacionais mostram um acirramento entre os candidatos presidenciais, com a democrata Kamala Harris liderando por uma margem estreita sobre o republicano Donald Trump, e a disputa pelo controle do Congresso também está bastante equilibrada.

Desafios e Esperanças para o Futuro

Além das incertezas políticas, Hill salientou a necessidade de o Congresso atual aprovar legislação final, incluindo o orçamento de defesa. Ele sugeriu que o projeto sobre criptoativos poderia ser incluído nas prioridades financeiras ligadas ao projeto de lei de defesa.

Posição de Reguladores e Executivos

Tanto o presidente da CFTC, **Rostin Behnam**, quanto o CEO da Tether, **Paolo Ardoino**, expressaram preocupações sobre o atraso nas regulamentações cripto. Behnam está confiante de que progressos podem ser feitos com um novo presidente e Congresso, enquanto Ardoino espera que regulamentações sensatas sejam implementadas, independentemente do resultado eleitoral.

Conclusão

French Hill destacou que, caso o Congresso atual não consiga aprovar as leis de criptoativos, isso se tornará uma prioridade na próxima legislatura. A expectativa é alta, e o setor de criptoativos acompanha de perto os desdobramentos políticos e legislativos nos Estados Unidos.

O que são stablecoins e como funcionam?

Stablecoins são uma categoria de criptoativos projetados para ter um valor estável em relação a um ativo subjacente, geralmente uma moeda fiduciária como o dólar americano ou o euro. Diferentemente de outras criptomoedas, como o Bitcoin, que podem ser altamente voláteis, as stablecoins visam proporcionar estabilidade e usar a confiança dos usuários na moeda fiduciária associada.

1. Tipos de Stablecoins

Existem três principais tipos de stablecoins:

• Stablecoins lastreadas em moeda fiduciária: Estas são as mais comuns, onde cada unidade da stablecoin é respaldada por um valor equivalente na moeda fiduciária. Um exemplo disso é a Tether (USDT), que é supostamente lastreada por reservas em dólares.
• Stablecoins lastreadas em ativos: Estas stablecoins são suportadas por uma cesta de ativos, que pode incluir criptomoedas, metais preciosos ou outros bens. Um exemplo é o DAI, que é uma stablecoin descentralizada garantida por criptoativos.
• Stablecoins algorítmicas: Ao invés de lastreamento, essas stablecoins usam algoritmos para regular a oferta de tokens, aumentando ou diminuindo a quantidade disponível em resposta às mudanças no valor de mercado. Isso busca manter o preço estável, mas pode ser mais arriscado devido à incerteza sobre o funcionamento do algoritmo.

2. Como Funcionam as Stablecoins?

As stablecoins operam por meio de mecanismos de garantia. Por exemplo, ao emitir uma stablecoin lastreada em dólares, os emissores devem manter uma reserva de dólares equivalente ao número de stablecoins em circulação. Isso permite que os usuários reajam com confiança, sabendo que podem converter suas stablecoins em moeda fiduciária a qualquer momento.

3. Aplicações das Stablecoins

As stablecoins têm diversas aplicações no mercado de criptoativos. Elas podem ser usadas para facilitar transações, transferir valor de forma rápida e com baixo custo, servir como uma reserva de valor em mercados voláteis e até mesmo serem utilizadas em plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) para proporcionar liquidez e emprestar ativos. Além disso, muitos traders usam stablecoins como um meio de proteção durante períodos de alta volatilidade.

Com a crescente adoção de criptomoedas, as stablecoins estão ganhando destaque no mercado financeiro, especialmente à medida que regulações e legislações, como as discutidas no artigo original, são implementadas para garantir um ambiente mais confiável e seguro.

À medida que o cenário das criptomoedas continua a evoluir, a expectativa em torno da aprovação dos projetos de lei mencionados por French Hill cresce. A possibilidade de maiores regulações e a influência das eleições de novembro podem moldar o futuro da criptoeconomia nos Estados Unidos. Será que o mercado conseguirá aliviar suas incertezas, ou os desafios impostos pelas legislações poderão frear o crescimento das criptomoedas? Fiquem atentos, pois cada novo desenvolvimento neste cenário pode criar ondas significativas na indústria de ativos digitais e influenciar a maneira como os investidores interagem com as stablecoins e outros criptoativos. O que está por vir é um enigma que promete intrigá-los nos próximos meses.

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