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“Chatbot ‘JenniferAnn Crecente AI’: Uma Reflexão Ética e Jurídica”

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Interações Éticas e Legais no Uso de Chatbots Baseados em Figuras Reais

Recentemente, o Character AI enfrentou um debate ético profundo após a remoção de um chatbot que assumia a aparência de uma jovem vítima de homicídio. Este incidente ocorre em um contexto crescente de utilização de inteligência artificial generativa, que permite aos usuários criar e interagir com personagens digitais, muitos dos quais são baseados em celebridades e figuras públicas.

O Caso de Jennifer Crecente

O chatbot, nomeado “JenniferAnn Crecente AI”, foi criado por um usuário anônimo identificado como “JustinAyers1”. Este bot foi descrito como um “personagem de IA amigável e conhecedor”, capaz de fornecer informações sobre diversos tópicos. No entanto, a caracterização foi acompanhada pela publicação de uma foto da vítima, o que gerou indignação.

Brian Crecente, tio de Jennifer e fundador de sites de jogos proeminentes como Kotaku e Polygon, foi alertado da existência do bot através de uma notificação do Google. Ele expressou sua frustração, dizendo: “

Character AI está usando minha sobrinha assassinada como a face de um personagem de jogo sem a permissão de seu pai,”

ressaltando a dor e o sofrimento causados por tal apropriação.

Contexto do Crime

Jennifer Crecente foi assassinada em fevereiro de 2006 por seu então namorado, Justin Crabbe, que declarou que o ato fazia parte de um pacto de suicídio, embora essa alegação tenha sido contestada. Atualmente, Crabbe cumpre uma pena de 35 anos de prisão e é elegível para liberdade condicional.

Brian Crecente, em declarações ao Decrypt, enfatizou a improbabilidade de que o criador do bot tivesse intenções maliciosas, afirmando: “Não acho que tenha nada a ver comigo. Meu irmão dirige uma instituição de caridade em nome de Jen e parte dessa caridade é criar jogos para o bem.”

Screenshot do chatbot no Character AI.

A Resposta do Character AI

Após a denúncia de Brian e a investigação do Decrypt, a plataforma Character AI decidiu remover o chatbot e suspender a conta do criador. Um porta-voz da empresa declarou: “

Character.AI possui políticas contra apropriação de identidade, e o uso do nome da Sra. Crecente viola nossas políticas. Estamos deletando imediatamente e examinaremos se outras ações são necessárias.

Implicações e Precedentes Legais

Este não é um caso isolado de desafios éticos enfrentados pelo Character AI. Em maio, a família do lendário piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher obteve sucesso em uma ação judicial contra uma revista que utilizou a plataforma para criar uma “entrevista” fictícia com Schumacher, evidenciando a necessidade urgente de escrutínio nos limites da criatividade gerada por IA.

Reflexões Finais

A situação envolvendo o chatbot de Jennifer Crecente levanta questões cruciais sobre a ética da inteligência artificial, especialmente no que tange ao respeito por indivíduos que foram alvo de tragédias. A linha entre criação e exploração precisa ser cuidadosamente estabelecida, visando proteger a dignidade e a memória de pessoas que tiveram suas vidas interrompidas de maneira trágica.

#ÉticaDigital
#ChatbotsReais
#IAePrivacidade
#LimitesdaCriatividade
#RespeitoàsVítimas

autor original: Jason Nelson
ref:https://decrypt.co/284377/chatbot-teenage-murder-victim-trouble-character-ai

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