O Contexto Político e a Influência do Setor de Criptomoedas na Eleição do Senado de Michigan
A corrida para o Senado em Michigan, marcada por nomes influentes e posições radicalmente diferentes, traz à tona a complexa relação entre criptomoedas e a política nos Estados Unidos. O candidato republicano Mike Rogers, que afirma ser um apoiador da criptomoeda há anos, vê-se em uma situação paradoxal em relação ao atentado dos super PACs, especialmente o Fairshake, que a princípio deveria predispor-se a apoiá-lo devido ao seu histórico pro-cripto.
Apoio Histórico a Criptomoedas
Mike Rogers é descrito como um dos candidatos que, durante muitos anos, tem mantido uma postura favorável às criptomoedas. Segundo o próprio candidato:
“Eu tenho apoiado as criptomoedas por anos, desde o auge do Silk Road.”
Esse envolvimento ativo inclui não apenas a colaboração com grupos de vigilância da indústria, como a Stand With Crypto, mas também a participação em conferências sobre blockchain.
A Decisão do Super PAC Fairshake
Apesar desse histórico, o Fairshake decidiu apoiar a concorrente de Rogers, a democrata Elissa Slotkin. Essa escolha se revela curiosa, pois Slotkin possuía, até muito recentemente, uma avaliação de “F” na plataforma Stand With Crypto. Em reação a essa decisão, Rogers expressou sua perplexidade:
“Não há ninguém mais confuso do que eu. Acredito que o preço para ir de um ‘F’ a um ‘A’ é de $3 milhões.”
O Fairshake, que é predominantemente financiado por grandes nomes da indústria como Coinbase, Ripple e a firma de capital de risco Andreesen Horowitz, é considerado uma das forças mais significativas no cenário eleitoral de 2024, reunindo mais de $276 milhões este ciclo eleitoral.
Perspectivas e Reações ao Apoio ao Partido Democrata
A rápida mudança de posição dos democratas em relação às criptomoedas, que muitos atribuem ao surgimento de super PACs como o Fairshake, levanta preocupações acerca do futuro do envolvimento político com o setor. Segundo Rogers:
“O que continuamos ouvindo foi: ‘Eles precisavam de um democrata’… Isso não é uma forma saudável de criar políticas.”
A escolha do Fairshake de apoiar Slotkin, em vez de Rogers, sugere uma hesitação em alinhar-se excessivamente com os republicanos, mesmo na presença de candidatos que demonstram forte suporte ao setor de criptomoedas.
Implications for Bipartisan Collaboration
Uma fonte da indústria assinalou que, para construir uma coalizão bipartisan sustentável em torno das criptomoedas e da tecnologia blockchain, é crucial atrair apoiadores de ambos os lados do espectro político:
“Isso é como se constrói uma coalizão sólida, a longo prazo, em torno das criptos e blockchain.”
Rogers, por sua vez, argumenta que a recente transformação nas posições democráticas está meramente seguindo o fluxo financeiro, o que pode não ser uma estratégia sustentável. Ele enfatiza que tal abordagem pode resultar numa lentidão na implementação de políticas favoráveis ao setor:
“Acho que você terá um processo lento com os democratas, no melhor dos casos. E, no pior caso, haverá pessoas que presidem comissões importantes que não apoiam as criptomoedas.”
Olhando Para o Futuro
Ainda que se sinta traído pela decisão do Fairshake, Rogers reafirma seu compromisso com a indústria de criptomoedas, mesmo diante de adversidades financeiras em sua campanha. Sua recente participação em uma conferência de criptomoedas em Nova Iorque destaca a importância que ele atribui à discussão sobre o futuro criptográfico, uma conversa que não se reflete tanto entre os eleitores em Michigan:
“Não surge muito [a discussão sobre criptomoedas] aqui em Michigan.”
Esse cenário ilustra a intersecção entre política e inovação, onde o futuro das criptomoedas pode depender não apenas das convicções individuais dos políticos, mas também da influência crescente das grandes corporações no financiamento das campanhas eleitorais.
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autor original: Sander Lutz
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